Foto: Samuel Andrade

Em um elenco em que praticamente todos jogaram e tiveram sua importância em algum momento da temporada, é difícil apontar grandes estrelas no Ceará de 2024. Um daqueles que tiveram seus momentos de protagonismo, Saulo Mineiro ganhou notoriedade justamente nas horas mais decisivas do ano, colocou seu nome na história do Ceará e terminou 2024 nos braços da Nação Alvinegra (literalmente). 

A espontaneidade que faz com que o homem de mais de 1,80 brinque com os seus companheiros como uma criança, em decisões dá lugar a um nível de seriedade contrastante com o cara do pratinho e dos pensamentos intrusivos. 

O brilho no olhar, que muitas vezes é tomado pelas lágrimas de gratidão pelo que viveu logo que chegou ao Ceará, parece ser ainda mais forte quando o jogo tem cara de final, enquanto Saulo dá diversas provas de seu gosto em sentir o coração renovado bater mais forte em jogos assim. 

O 2024 de Saulo começou com incertezas, passou por críticas e terminou na glória. Ainda em abril, depois de uma semana inteira de críticas por uma chance desperdiçada, o camisa 73 se rendeu às lágrimas ao marcar no jogo em que a pequena Maria Flor entrou em seu colo pela primeira vez e o Ceará ergueu a taça do Campeonato Cearense. 

Já no fim do ano, depois de uma Série B cheia de obstáculos pessoais e para o time, Saulo se revestiu, uma vez mais, do poder de decisão e fez de novo aquilo que parecia improvável ser algo visível aos olhos. Cinco gols e duas assistências nos cinco últimos jogos da Série B e acesso garantido para o Vozão. 

Uma dor teimosa na panturrilha fez com que o coração valente se unisse aos demais alvinegros na torcida do último jogo e ele seguiu assim na comemoração pelo feito. Nos braços do povo, Saulo mostrou o que é, e o porquê é tão grande. 

Saulo é povo, Time do Povo. Saulo é Ceará.

Matheus Pereira / Departamento de Comunicação - CSC